Foto J. M. Landim
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GT 2.1 GEODIVERSIDADE, BIODIVERSIDADE E RECURSOS VIVOS DA PLATAFORMA CONTINENTAL.
A plataforma continental na região norte-nordeste do Brasil esteve exposta sub-aereamente a maior parte do tempo, tendo em vista que a quebra da plataforma continental nesta região é extremamente rasa (45-60 m de profundidade). Apenas durante breves intervalos de tempo, como nos dias atuais, esta plataforma esteve completamente inundada. Presentemente, a maior parte da plataforma continental é recoberta por sedimentos cuja distribuição é controlada pela fisiografia herdada de um longo período de exposição, pela tectônica ativa, pelos aportes fluviais, e pela acumulação in situ das partes duras de organismos marinhos e ação de agentes marinhos (ondas e correntes), que por sua vez registram as mudanças paleoambientais nos sedimentos plataformais.
As diferenças nas características sedimentares exercem uma influência direta, na densidade, biomassa, distribuição e diversidade das comunidades bentônicas. Este compartimento bentônico interage com o compartimento pelágico e vice-versa. O aumento de CO2 nos oceanos, ao afetar o processo de calcificação em organismos marinhos pode afetar a estrutura das comunidades bentônicas nas regiões plataformais, principalmente considerando-se o cenário atual de crescentes pressões antropogênicas nesses ambientes.
Um grande obstáculo a compreensão destes impactos é a ausência de mapas de habitats bentônicos e comunidades associadas, bem como de testemunhos coletados na plataforma continental para reconstrução de condições paleoambientais, particularmente na região norte-nordeste do Brasil. Tais mapas constituem uma poderosa ferramenta que permitirá a cientistas e gestores compreenderem a distribuição de recursos vivos e não-vivos no assoalho marinho bem como monitorar os efeitos das mudanças climáticas, a extensão e efeito da poluição por nutrientes e contaminantes, a implantação de reservas marinhas e obras de engenharia e a explotação de granulados marinhos siliciclásticos para recuperação de praias ou construção civil e de granulados marinhos bioclásticos para agricultura (maior volume), potabilização de águas para consumo, indústria de cosméticos, dietética, implantes em cirurgia óssea, nutrição animal, etc.
Objetivo Principal: avaliar a heterogeneidade espacial dos substratos plataformais da região norte-nordeste do Brasil, sua geodiversidade e biodiversidade e de que maneira estes aspectos são controlados pelas forçantes oceanográficas, suprimento de sedimentos e história evolutiva.
Coordenadora: Helenice Vital (UFRN)
Abordagem Metodológica: Imageamento (filmagem, ROV), levantamentos hidroacústicos (batimetria, sonografia, sísmica de alta resolução), SIG, coleta de testemunhos, amostras de sedimento e bentos, determinação de taxas de sedimentação.
Coordenadora.
Helenice Vital
Geóloga pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal, Brasil (1986), Mestre em Ciências, área de concentração Geologia, pela Universidade Federal do Pará - UFPA, Belém, Brasil (1988), e Doutora em Ciências Naturais pela Christian Albrechts Universitat Zu Kiel - CAU Kiel, Alemanha (1996). Realizou Pós-Doutorado na Divisão de Sedimentologia, Geologia costeira e plataforma da CAU Kiel, Alemanha (2006) e Estágio Senior no Grupo de Sistemas Sedimentares e Petrolíferos da Curtin University of Technology de Perth, Austrália (2011). É professora Titular Livre em Geologia Marinha (2010) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, atuando tanto no ensino (graduação e pós-graduação) quanto na pesquisa (básica e aplicada). Pesquisadora PQ do CNPq (1999 ao presente) e Líder da Base de Pesquisa em Ciências do Mar e Ambientais (2004 ao presente). Tem atuado como coordenadora ou pesquisadora de projetos de pesquisa nacionais e internacionais financiados por diversos agentes (ex. CNPq, CAPES, DAAD, ANP, GTZ, FINEP, PETROBRAS, CPRM, MMA), como revisora de periódicos nacionais e internacionais, e participado de comitês assessores nacionais (CAPES, CNPq, MCTi) e internacionais (NSF, DAAD) relacionados a Geologia Marinha. Coordenou o PRH-ANP 22 Programa de Formação em Recursos Humanos (Formação em Geologia, Geofísica e Informática para o Setor Petróleo e Gás na UFRN) da Agência Nacional do Petróleo desde a sua aprovação (1999) até a sua finalização (2018). Coordenadora de Projeto CAPES/IODP - Programa Internacional de Perfuração dos Oceanos. Tem experiência na área de Geociências e Oceanografia, com ênfase em Geologia e Geofísica Marinha, Geologia Costeira e Geologia Ambiental. Principais interesses em pesquisa são: Origem e evolução dos oceanos, sísmica de alta resolução, variações do nível do mar, dinâmica costeira, sedimentação marinha, erosão costeira, proveniência, desenvolvimento e história de preenchimento de vales incisos, monitoramento ambiental, Geohazards, Margem Equatorial Brasileira..
e-mail: helenice@geologia.ufrn.br