- 8 de jun. de 2014
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de ago. de 2020
O GT1.1 Respostas da Linha de Costa do inctAmbTropic publicou recentemente o artigo “Potencial de Prejuízos Econômicos em Função da Densidade de Urbanização e da Sensibilidade à Erosão Costeira na Costa do Cacau – Bahia”.
A Costa do Cacau inclui importantes cidades turísticas do litoral baiano incluindo Itacaré, Ilhéus, Olivença e Canavieiras e apresenta diversos trechos que experimentam erosão severa em alguns casos, desencadeada por intervenções humanas (e.g. Porto de Ilhéus).

Diferentes níveis de sensibilidade à erosão (A), de densidade de urbanização (B) e de potencial de prejuízos econômicos (C) por ocupação urbana à beira-mar na Costa do Cacau.

Enrocamento protegendo residências da ação erosiva das ondas na praia de São Domingos
Resumo
O presente trabalho trata da avaliação do potencial de prejuízos econômicos em função da densidade de urbanização por construções fixas à beira-mar e da sensibilidade à erosão na Costa do Cacau, Bahia. Constatou-se que 48,78% da região à beira-mar apresentam um potencial baixo de prejuízos econômicos face à erosão costeira, o que é encontrado em situações de linha de costa a) em equilíbrio e com densidade de urbanização baixa, e b) em progradação e com densidade de urbanização baixa; 26,22%, um potencial médio, em situações de linha de costa a) próximas a desembocadura fluvial e com baixa densidade de urbanização, b) submetida à erosão e com baixa densidade de urbanização, e c) em equilíbrio e com densidade de urbanização média; 22,56%, um potencial alto, em situações de linha de costa a) em equilíbrio e com alta densidade de urbanização, e b) com déficit crônico de sedimentos e focos de convergência de onda aliados a uma densidade baixa de urbanização; e 2,44%, um potencial muito alto, correspondendo a um único trecho de linha de costa submetido à erosão e com alta densidade de urbanização. Os diferentes níveis potenciais de prejuízos econômicos, aqui expressos, traduzem apenas o panorama atual das densidades de urbanização ao longo da região de beira-mar. Tal cenário poderá ser agravado, caso venham a ser mantidas as perspectivas de crescente ocupação humana na região, via de regra conduzida desconhecendo-se a dinâmica costeira local e pelas normas estabelecidas para o desenvolvimento urbano costeiro. Por fim, em que pese as incertezas relacionadas a) ao método utilizado para estimar as densidades de urbanização e b) ao desconhecimento da tendência, se de curto ou longo prazo, do comportamento da linha de costa em relação à erosão, os resultados alcançados, embora de natureza preliminar, apresentam cenários que poderão ser úteis para o gerenciamento costeiro da Costa do Cacau.Acesso ao arquivo completo (clique)
Referência completa: Nascimento, , Bittencourt, ACSP, Santos, AN, Dominguez, JML 2013. Potencial de Prejuízos Econômicos em Função da Densidade de Urbanização e da Sensibilidade à Erosão Costeira na Costa do Cacau – Bahia. Revista Brasileira de Geomorfologia v14 (4): 261-270.
- 7 de jun. de 2014
- 1 min de leitura
O GT1.3 – Recifes e Ecossistemas Coralinos do inctAmbTropic participou da oficina do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Ambientes (PAN-Corais), promovida pelo MMA/ICMBio e pelo Projeto Coral Vivo em Arraial da Ajuda entre 07 e 11 de abril de 2014. Estiveram presentes Dra. Zelinda Leão (UFBA), Dra. Beatrice Padovani (UFPE), Dra. Liana Mendes (UFRN), Dr. George Olavo (UEFS), Dr. Claudio Sampaio (UFAL) e Dr. Ronaldo Francini Filho (UFPA). Nesse workshop foram definidas as bases da elaboração do plano, com definição dos grupos de trabalho por setores da costa tropical brasileira.

O GT1.3 participou ainda da oficina para definição de alvos de conservação no Estado da Bahia, realizado entre 14 e 16 de maio de 2014 pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia e WWF-Brasil, na cidade de Salvador. Participaram da oficina a Dra. Zelinda Leão (UFBA), a Dra. Elizabeth Neves (UFBA), o Dr. George Olavo (UEFS) e o Dr. Ruy Kenji P. Kikuchi (UFBA). Neste contexto, está no prelo, disponível online, o artigo de Loiola e colaboradores, que aplicam indicadores ecológicos na definição de áreas prioritárias para conservação de recifes em escala local.
- 2 de jun. de 2014
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de ago. de 2020
Pesquisadores do GT3.1 – Interação Oceano-Atmosfera, Variabilidade Climática e Previsibilidade no Norte-Nordeste do Brasil e no Atlântico Tropical do inctAmbTropic publicaram trabalho no periódico Risk Analysis (fator de impacto 2.278) intitulado An Ecological Model for Quantitative Risk Assessment for Schistosomiasis: The Case of a Patchy Environment in the Coastal Tropical Area of Northeastern Brazil.
A área de estudo foi o municipio de Porto de Galinhas, Pernambuco. O modelo desenvolvido considera dentre outros parâmetros as variações mensais de precipitação. A dispersão do Schistosoma mansoni ocorre mais frequentemente através da migração do caramujo hospedeiro transportado por correntes durante os meses mais chuvosos.

O ciclo da esquistossomose. Fonte: wikipedia
Abstract:
We developed a stochastic model for quantitative risk assessment for the Schistosoma man- soni (SM) parasite, which causes an endemic disease of public concern. The model provides answers in a useful format for public health decisions, uses data and expert opinion, and can be applied to any landscape where the snail Biomphalaria glabrata is the main intermediate host (South and Central America, the Caribbean, and Africa). It incorporates several realistic and case-specific features: stage-structured parasite populations, periodic praziquantel (PZQ) drug treatment for humans, density dependence, extreme events (prolonged rainfall), site-specific sanitation quality, environmental stochasticity, monthly rainfall variation, uncer- tainty in parameters, and spatial dynamics. We parameterize the model through a real-world application in the district of Porto de Galinhas (PG), one of the main touristic destinations in Brazil, where previous studies identified four parasite populations within the metapop- ulation. The results provide a good approximation of the dynamics of the system and are in agreement with our field observations, i.e., the lack of basic infrastructure (sanitation level and health programs) makes PG a suitable habitat for the persistence and growth of a parasite metapopulation. We quantify the risk of SM metapopulation explosion and quasi-extinction and the time to metapopulation explosion and quasi-extinction. We evaluate the sensitivity of the results under varying scenarios of future periodic PZQ treatment (based on the Brazilian Ministry of Health’s plan) and sanitation quality. We conclude that the plan might be useful to slow SM metapopulation growth but not to control it. Additional investments in better sanitation are necessary.