Atualizado: 21 de jul. de 2020
No dia 12 de dezembro de 2012 será realizada no auditório do Ceerma/UFPE, uma reunião sobre o Processo Regular de Avaliação do Meio Ambiente Marinho, Incluindo Aspectos Socioeconômicos. Esta reunião, organizada pela Secirm/PPGMar, UFPE e MMA contara com a participação dos pesquisadores que responderam a primeira chamada e já foram indicados para a Rede de Peritos do Processo Regular. O Dr. Peter Harris e a Dra. Beatrice Padovani (integrante do GT1.3 do inctAmbTropic), ambos do grupo de especialistas do Processo, representando a Austrália e o Brasil, respectivamente, estarão também presentes, além de representantes do MMA e MCTI e outros convidados. A reunião acontecerá logo após o Seminário em celebração aos 15 anos da Pós-Graduação em Oceanografia da UFPE, intitulado “Tropical Oceans: Challenges of the 21st Century”, a ser realizado na cidade de Recife, dias 10 e 11 de dezembro de 2012.
O que é o Processo Regular ?: em 2010, a Assembléia Geral das Nações Unidas determinou o inicio do Primeiro Ciclo do Processo Regular de Avaliação do Meio Ambiente Marinho, Incluindo Aspectos Socioeconômicos, cujo objetivo é produzir a Primeira Avaliação Global Integrada dos Oceanos ate 2014. Informações sobre o Processo estão disponíveis no site da DOALOS (www.un.org/Depts/los/global_reporting/global_reporting.htm). Este Processo, conduzido sob a égide da ONU, conta com um grupo Ad Hoc da Assembléia Geral, estabelecido para guiar e supervisionar o processo. Conta também com um grupo de 25 especialistas representando todas regiões do globo que vão estruturar a Primeira Avaliação. Um grupo muito maior de especialistas formará uma rede de peritos, para redigir e dar suporte ao processo bem como participar do processo de revisão da primeira avaliação.Estima-se que de 1500 a 2000 peritos serão necessários para compor a rede, que deve não somente representar os temas mas também as regiões geográficas. Os critérios de escolha estão listados no Anexo I, A/66/189 (http://ods.un.org/). Peritos com qualificações adequadas são incentivados a se engajar neste processo voluntario. Cabe ao governo, através do Itamaraty fazer as nomeações. Na reunião de Recife, serão discutidos os métodos de trabalho da primeira Avaliação e tambem a organização do workshop preparatório para o Atlântico Sul. Os workshops são ferramentas-chave pelas quais a primeira Avaliação Global Integrada será realizada e que guiarão também os Estados para que estes aumentem sua capacidade de avaliar os estado dos Oceanos. Os workshops visam promover o diálogo, desenvolver um inventário de avaliações ambientais e sócioeconomicas já existentes sobre o meio marinho na região, identificar as conexões entre os fatores de pressão e estado do meio marinho e identificar as capacidades locais, bem como as necessidades de capacitação e maneiras de atendê-las. Como a indicação de peritos é um processo continuo, a realização dos workshops também é uma oportunidade para tal. O workshop do Atlântico Sul ainda não possui data confirmada, mas a intenção é realizá-lo ainda no primeiro semestre de 2013.
O Departamento de Oceanografia da UFPE, integrante do inctAmbTropic comemora os seus 60 anos de fundação e 30 anos de criação do Programa de Pós-Graduação com um seminário internacional intitulado “Tropical Oceans: Challenges for the 21st Century”. A profa. Tereza Araújo do GT1.1 é a atual coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da UFPE
Programa
Período: 10 e 11 de dezembro de 2012 Local: Auditório de Centro de Tecnologia e Geociências – UFPE
10/12 – Tarde (14:00hs)
Abertura
Iniciativas/perspectivas do Brasil para os oceanos: MCTI (Dr. Paulo Nobre) e SECIRM (Contra-Almirante Marcos Silva Rodrigues) MCTI (Drª Janice Trotte e Dr. Paulo Nobre) e SECIRM (Contra-Almirante Marcos Silva Rodrigues e Comandante Marise Silva Carneiro)
Oceanos Tropicais: Desafios do Século 21 e o INCT AmbTropic /Dr. José M. Landim Dominguez/UFBA
11/12 – Manhã (08:30hs)
Observations in the Tropical Atlantic Ocean: goals, status and perspectives – Dr. Bernard Boules/IRD/França
Rising Atmospheric CO2 and Ocean Acidification: the Tropical Oceans and Beyond – Dra. Adrienne J Sutton – NOAA/USA
The First World Ocean Assessment – Dra. Beatrice Ferreira/UFPE + Dr. Peter Harris – UNEP/GRID/Australia
11/12 – Tarde (14:00hs)
Seafloor geomorphic features as benthic habitat – Dr.Peter Harris – UNEP/GRID/Australia
A Plataforma Continental Brasileira – A nossa Amazônia Azul – Capitã de Fragata Ana Angélica L. Alberoni Tavares/CHM Marinha do Brasil
Scientific Ocean Drilling- IODP / Dr. Jack Baldauf/Texas A&M University/USA
Esta disponível online a partir de hoje o primeiro trabalho publicado pelo inctAmbTropic: “Intraseasonal variability of the North Brazil Undercurrent forced by remote winds. Autores: D. Veleda, M. Araujo, R. Zantopp,e R. Montagne“. O trabalho foi publicado no volume 117 do Journal of Geophysical Research. O professor Moacyr Araújo coordena o GT3.2 (Ciclos Biogeoquímicos, Fluxo de CO2 e Acidificação do Oceano Atlântico Tropical) e é membro do Comitê Gestor do inctAmbTropic, representando a área de Oceanos.
Schematic representation of the Atlantic Subtropical Cell (STC) circulation, including subduction (blue) and upwelling (green) zones. Current branches involved in the STC flows are NEC, SEC, sSEC, NECC and EUC; NEUC, SEUC = North and South Equatorial Undercurrent; NBC, NBUC = North Brazil Current and Undercurrent; GD, AD = Guinea and Angola domes. Interior equatorward thermocline pathways dotted. Adapted from Schott et al. [2004]. The mooring array at 11S is shown by the red line.
ABSTRACT: “Intraseasonal signals with periods of 2 to 3 weeks in near-surface alongshore current measurements are detected from four moorings (K1–K4) deployed from 2000 to 2004 at the 11S section close to the Brazilian coast as part of the German CLIVAR Tropical Atlantic Variability Project. This section crosses the path of the North Brazil Undercurrent, the most powerful western boundary current in the South Atlantic Ocean. We investigate the origin of this intraseasonal variability of the North Brazil Undercurrent by relating the oceanic oscillation of the alongshore currents to its atmospheric counterpart, the meridional wind stress. On average, the results indicate a well-defined lagged (10 days) correlation (˜0.6) structure between meridional wind stress and alongshore currents. The oceanic region with the highest cross-correlations is identified as a relatively narrow band along the Brazilian coast, from 22–36S and 40–50W, bounded in the north by an eastward change in coastline orientation. The cross-wavelet transform establishes the common power between the time series of meridional wind stress and alongshore currents, predominantly during austral winter and spring. These signals propagate equatorward with an alongshore speed of 285+/-63 km day1, consistent with Coastal Trapped Wave theory“.
Veleda, D., M. Araujo, R. Zantopp, and R. Montagne (2012), Intraseasonal variability of the North Brazil Undercurrent forced by remote winds, J. Geophys. Res., 117, C11024, doi:10.1029/2012JC008392. (para baixar o pdf, clique neste link)
Impact Factor: 3,174