Atualizado: 27 de ago. de 2020
Pesquisadores do GT3.1 – Interação Oceano-Atmosfera, Variabilidade Climática e Previsibilidade no Norte-Nordeste do Brasil e no Atlântico Tropical do inctAmbTropic publicaram trabalho no periódico Risk Analysis (fator de impacto 2.278) intitulado An Ecological Model for Quantitative Risk Assessment for Schistosomiasis: The Case of a Patchy Environment in the Coastal Tropical Area of Northeastern Brazil.
A área de estudo foi o municipio de Porto de Galinhas, Pernambuco. O modelo desenvolvido considera dentre outros parâmetros as variações mensais de precipitação. A dispersão do Schistosoma mansoni ocorre mais frequentemente através da migração do caramujo hospedeiro transportado por correntes durante os meses mais chuvosos.
O ciclo da esquistossomose. Fonte: wikipedia
Abstract:
We developed a stochastic model for quantitative risk assessment for the Schistosoma man- soni (SM) parasite, which causes an endemic disease of public concern. The model provides answers in a useful format for public health decisions, uses data and expert opinion, and can be applied to any landscape where the snail Biomphalaria glabrata is the main intermediate host (South and Central America, the Caribbean, and Africa). It incorporates several realistic and case-specific features: stage-structured parasite populations, periodic praziquantel (PZQ) drug treatment for humans, density dependence, extreme events (prolonged rainfall), site-specific sanitation quality, environmental stochasticity, monthly rainfall variation, uncer- tainty in parameters, and spatial dynamics. We parameterize the model through a real-world application in the district of Porto de Galinhas (PG), one of the main touristic destinations in Brazil, where previous studies identified four parasite populations within the metapop- ulation. The results provide a good approximation of the dynamics of the system and are in agreement with our field observations, i.e., the lack of basic infrastructure (sanitation level and health programs) makes PG a suitable habitat for the persistence and growth of a parasite metapopulation. We quantify the risk of SM metapopulation explosion and quasi-extinction and the time to metapopulation explosion and quasi-extinction. We evaluate the sensitivity of the results under varying scenarios of future periodic PZQ treatment (based on the Brazilian Ministry of Health’s plan) and sanitation quality. We conclude that the plan might be useful to slow SM metapopulation growth but not to control it. Additional investments in better sanitation are necessary.
Na reunião do GeoHab2014 realizada em Lorne, Austrália, no periodo 5-9 de maio de 2014, foi aprovada a realização do GeoHab2015 em Salvador, Bahia (4-8 de maio de 2015). Esta foi um iniciativa do GT2.1 – Geodiversidade e Biodiversidade dos Substratos Plataformais, do inctAmbTropic. A ida dos coordenadores do GT2.1 à Lorne recebeu apoio do CNPq , através do edital de promoção de eventos mundiais.
Reunião do GeoHab2014 em Lorne, Austrália
GeoHab (Marine Geological and Biological Habitat Mapping) é uma associação internacional de pesquisadores que estudam as características biofísicas de habitats e ecossistemas bentônicos, como substitutos (proxies) das comunidades biológicas e da biodiversidade. Os principais objetivos destes cientistas são:
1. dar suporte ao planejamento espacial do ambiente marinho, uso sustentado dos oceanos e tomada de decisão,
2. apoiar o desenho de Áreas Marinhas Protegidas (MPAs)
3. conduzir programas de pesquisa direcionados à geração de conhecimento sobre os habitats bentônicos e a geologia do fundo marinho, e
4. conduzir avaliações de recursos vivos e não-vivos do fundo marinho para fins econômicos e de gestão, incluindo o desenho de reservas de pesca.
Vista dos 12 Apóstolos, no Parque Nacional Port Campbell, próximo a Lorne, e objeto da excursão de campo do GeoHab2014
Membros do GT2.1 que participaram do Geohab2014. A ida dos coordenadores do GT2.1 foi patrocinada pelo CNPq através do edital de apoio à realização de eventos mundiais. Da direita para esquerda: Alex Bastos, Helenice Vital, Tereza Araújo e José M Landim Dominguez. A profa. Tereza Araújo participou do evento com recursos próprios.
As reuniões anteriores do GeoHab ocorreram nas localidades listadas abaixo. O GeoHab2015 será o primeiro a ser realizado no Atlântico Sul.
2001 St. John’s
2002 Moss Landing
2003 Hobart
2004 Galway
2005 Sidney
2006 Edinburgh
2007 Nouméa
2008 Sitka
2009 Trondheim
2010 Wellington
2011 Helsinki
2012 Orcas Island
2013 Rome
2014 Lorne
O GT2.1 espera com esta iniciativa popularizar o uso das modernas ferramentas de mapeamento do fundo marinho, junto à comunidade brasileira.
O GT1.1. Respostas da Linha de Costa do inctAmbTropic – coordenado pelos profs Eduardo Siegle e Tereza Araújo, comunica a defesa da dissertação de mestrado “Vulnerabilidade costeira em praias do norte do Espírito Santo e sul da Bahia” pela acadêmica Juliana dos Santos Ribeiro no Programa de Pós-Graduação em Oceanografia do IOUSP. A defesa da dissertação foi realizada no dia 28 de março de 2014 e a comissão julgadora foi composta pelos profs. Eduardo Siegle (orientador); Jarbas Bonetti (UFSC) e Moysés Tessler (IOUSP). O trabalho foi desenvolvido no contexto do inctAmbTropic e teve também o apoio da Conservation International (CI) através do projeto “Climate change vulnerability assessment of the Discovery coast and Abrolhos shelf, Brazil”.
Resumo: A erosão costeira é um processo de grande poder destrutivo e que afeta pelo menos 70% da zona costeira no mundo. Entender as causas e os processos que levam à erosão, bem como as regiões mais ou menos sensíveis a ela, é essencial para o correto manejo costeiro. O presente trabalho visa identificar as áreas vulneráveis à erosão, através da aplicação de um Índice de Vulnerabilidade Costeira, em praias do norte do Espírito Santo (Pontal do Ipiranga, Conceição da Barra) e sul da Bahia (Mucuri, Nova Viçosa, Caravelas, Prado, Cumuruxatiba, Corumbau, Arraial d’Ajuda, Porto Seguro). O cálculo do índice se deu pela análise de treze indicadores ambientais: número de frentes frias, regime de tempestade, força de ondas, ângulo de incidência das ondas, estimativa de deriva potencial, morfologia da praia, exposição às ondas, presença de rios e/ou desembocaduras, elevação do terreno, vegetação, taxa de ocupação, obras de engenharia costeira e evidências de erosão. Os resultados mostraram que os indicadores “morfologia da praia” e “exposição às ondas” parecem ser os principais contribuintes para a erosão costeira nos municípios em que foram observados grandes prejuízos na infraestrutura urbana e perigo iminente à população local. Já nos demais municípios que também apresentaram focos de erosão, a combinação entre os indicadores “estimativa de deriva potencial” e “regimes de tempestade” parece ser a principal influência ao processo erosivo. Com exceção de Pontal do Ipiranga (que obteve um resultado de baixa vulnerabilidade), todas as praias apresentaram um IVC correspondente à vulnerabilidade moderada à erosão. O estudo se mostra eficiente para a determinação do nível de vulnerabilidade relativo entre as praias estudadas.