Atualizado: 21 de jul. de 2020
Entre 9 e 13 de dezembro de 2019, uma equipe do Grupo de Pesquisa de Corais e Mudanças Climáticas (RECOR-UFBA) - integrante do inct AmbTropic II, GT 1.2 - realizou campanha de campo na praia de Pontal do Peba, AL. Os doutorandos Brenda Lorena e Lucas Rocha e o mestrando Rogério Lapa foram a campo com o objetivo de retirar testemunhos do recife adjacente a foz do Rio São Francisco, na praia de Pontal do Peba, AL para posterior datação, isótopos de C e O e determinação da idade dos corais presentes, curva do nível do mar pretérita para a região da foz do São Francisco, razões estrôncio/cálcio, Magnésio/cálcio, análise de salinidade, turbidez, bandas de crescimento dos corais. Para cumprir a missão foi utilizado um testemunhador hidráulico Tech 2000 e barco de apoio para deslocamento aos recifes.
Atualizado: 21 de jul. de 2020
Os corais que construíram os recifes e seu padrão de crescimento no litoral da Bahia não mudou muito desde o início da sua formação há 7 mil anos, sugerindo que as condições ambientais nesta região provavelmente permaneceram favoráveis para o desenvolvimento de recifes de coral durante esse período.
É o que mostra um estudo realizado por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Recifes de Corais e Mudanças Globais da UFBA. Eles analisaram material coletado dos recifes de Abrolhos, Itaparica e Guarajuba, todos na costa da Bahia. Nesses locais, existem grandes superfícies onde se encontram algas calcárias e corais antigos que datam de 7 mil anos atrás – perto da metade do período geológico conhecido como Holoceno, que se iniciou há cerca de 11,5 mil anos atrás.
Para contar a história do crescimento dos corais, foram feitas perfurações nessas superfícies dos recifes costeiros que chegaram a 13 metros de profundidade em Abrolhos, 11,5 m em Guarajuba e 9 m em Itaparica. A análise do material perfurado permitiu a reconstrução do padrão de crescimento dos recifes desde o seu início e a sua comparação com a composição dos recifes atuais. Esse tipo de estudo é chamado de litocronológico e junto com a análise da composição da estrutura recifal melhora a compreensão do quanto as mudanças no recife são uma resposta à natureza ou a fatores causados pelo ser humano.
Para saber mais sobre esse estudo acesse o artigo científico completo.
Créditos da foto | Tiago Albuquerque