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Atualizado: 21 de jul. de 2020

Corais são organismos construtores de ecossistemas, os recifes de corais,  que servem de hábitat para milhares de outras espécies que habitam os oceanos tropicais. A sobrevivência destes organismos está seriamente ameaçada pela mudanças climáticas (aumento de temperatura e mudança no pH dos oceanos).

Na última semana, do ano passado,  saiu na revista Science, uma pequena matéria chamando a atenção para o fato de que por volta do ano de 2100, quase todos os recifes de corais do mundo poderão estar morrendo em decorrência da acidificação dos oceanos. Um grupo de pesquisadores do Carnegie Institution for Science em Palo Alto, California, analisou os resultados de simulações de como os oceanos deverão interagir com a atmosfera em presença de níveis de CO2 mais altos no futuro (estas simulações integrarão o próximo relatório do IPCC!) (“active biogeochemistry”).

Com base no confronto entre os resultados destas simulações e dados paleoclimáticos e sobre a distribuição geográfica dos mais de 6.000 recifes existentes atualmente no mundo, concluíram que persistindo a trajetória de emissões de CO2 atual (“business as usual”), todos os recifes de corais do mundo estarão circundados por águas com saturação de aragonita inferior a 3, comprometendo diretamente a sobrevivência dos mesmos.

Embora os resultados desta pesquisa ainda não estejam publicados (o trabalho foi submetido), os mesmos foram discutidos em detalhe na palestra do geoquímico Ken Caldeira do Departamento de Ecologia Global do Carnegie Institution, no AGU Fall Meeting 2012, no início do mês de dezembro passado (veja a palestra completa abaixo). Vale a pena assistir, não só pela introdução ao tema acidificação dos oceanos, como também pelas simulações e novas idéias apresentadas.


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A erosão costeira é um problema que afeta linhas de costa urbanizadas e não-urbanizadas em todo o mundo e certamente será exacerbado com o aumento do nível do mar previsto para as próximas décadas, em decorrência do aquecimento global. A erosão costeira afeta aproximadamente 1/3 da linha de costa do estado de Pernambuco. Estudos anteriores mostram que os fatores causadores da erosão são variados. Em algumas praias a erosão é produto direto da ação antrópica, devido à ocupação muito próxima da zona ativa da praia, como é o caso da praia de Boa Viagem (Recife). Para avaliar a dinâmica da linha de costa da praia de Boa Viagem, instalou-se em outubro de 2012, um sistema de vídeo monitoramento (sistema Argus) no alto do Hotel Jangadeiro. Este sistema composto por cinco câmeras de alta resolução, permite um ângulo de cobertura da 180 graus,  monitorando um trecho de mais de 1,5km de linha de costa.


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Imagem panorâmica com as cinco câmeras cobrindo 180 graus de linha de costa


A partir das imagens coletadas a intervalos de 30 min pode-se digitalizar a posição da linha de água, que pode ser utilizada não só na determinação da taxa de erosão/acreção de curto e médio prazos, mas também na determinação do perfil intermareal. Em função do comportamento da posição da linha de costa pode-se realizar projeções futuras.


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Imagem retificada da praia durante o estagio de preamar



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Imagem retificada da praia durante o estagio de baixa-mar. As linhas pretas próximo a linha de praia são recifes expostos.


Abaixo é possível assistir a um pequeno clip de uma composição de imagens tomadas pelo sistema Argus 

Além dos dados referentes à posição da linha de costa o sistema Argus é capaz de gerar mapas batimétricos da zona de surfe e antepraia a partir de séries temporais de intensidade luminosa coletadas em pixeis pré-determinados bem como analisar a interação entre as ondas e os recifes localizados adjacentes a praia. Este projeto é fruto da iniciativa do prof. Pedro Pereira da UFPE, que integra a equipe do GT1.1 – Respostas da Linha de Costa,  do inctAmbtropic. O inctAmbTropic deverá instalar nos próximo anos mais 04 sistemas Argus na região norte-nordeste do Brasil.

O projeto do prof. Pedro Pereira conta com financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) dentro do programa de infra-estrutura para jovens pesquisadores – Programa Primeiros Projetos (EDITAL FACEPE 10/2010), sendo fruto de uma colaboração já existente entre a UFPE e o Coastal Imaging Lab da Oregon State University (OSU-EUA).

Um pouco mais sobre o prof. Pedro Pereira:


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Pedro Pereira possui graduação em Oceanologia pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2002), mestrado em Oceanografia Física, Química e Geológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (2005) e doutorado pelo referido programa de pós-graduação (2010). Tem experiência na área de oceanografia, com ênfase em oceanografia geológica, atuando principalmente nos seguintes temas: morfodinâmica e segurança de praias, vulnerabilidade costeira a eventuais derrames de óleo em praias, sedimentologia, erosão costeira e vídeo imageamento da zona costeira. Atualmente é docente do Departamento de Ocenografia da Universidade Federal de Pernambuco. e-mail: psppraias@gmail.com

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Atualizado: 21 de jul. de 2020

A subida do nivel do mar é uma das maiores ameaças às zonas costeiras do mundo. No Brasil uma das áreas que serão afetadas é a região norte-nordeste (veja esta postagem). Um estudo publicado na Science de autoria de Shepherd e colaboradores combinando medidas de  altimetria, interferometria gravimetria feita por satélites, determinou que entre 1992 e 2011 cerca de 4 trilhões de toneladas de gelo já derreteram na Groenlândia e Antártica, o que teria causado uma subida do nível do mar da ordem de 11mm.


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Mudanças cumulativas na massa de gelo (eixo esquerdo) e nível do mar global equivalente (eixo direito) assumindo que 360Gt de gelo correspondem a 1mm de subida no nível do mar (Shepherd et al 2012)


O jornal The Guardian disponibilizou  ontem um clip de um documentário de  com a participação do  fotógrafo James Balog intitulado “Chasing Ice“,  premiado no Sundance Film Festival de 2012. O clip mostra a liberação de 7.4 km cúbicos de gelo da geleira Ilulissat na Groenlândia.


James Balog cerca de 03 anos atrás apresentou uma palestra muito interessante no TED talks sobre o seu trabalho no projeto Extreme Ice Survey documentando o recuo e a  diminuição do gelo no Alasca, Groenlândia e Islândia (veja abaixo):


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